Muito se fala sobre a depressão e a estimativa de que a doença afete mais de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo. A depressão na adolescência, por sua vez, também é um assunto que ganha cada vez mais atenção, visto que esse é um grupo com grandes riscos de desenvolver a doença.
A adolescência é um período da vida muito conturbado, no qual os jovens passam por diversas situações novas, pressões sociais e sofrem com variações de humor e crises emocionais. Para alguns, é um momento extremamente turbulento, com muitos altos e baixos. Além disso, a desregulamentação hormonal nessa fase também pode ser um dos fatores que tornam desafiador lidar com tantas emoções.
Os principais sintomas são:
Muita raiva ou irritabilidade;
Problemas de memória e concentração;
Alterações de sono/apetite;
Desesperança;
Isolamento;
Desistências/falta de interesse;
Sintomas físicos;
Automutilação;
Ideação suicida.
Muita raiva ou irritabilidade: reações exageradas de raiva, como quebrar objetos ou agredir pessoas;
Problemas de memória e concentração: dificuldade de se concentrar em qualquer atividade. Mesmo as simples, como assistir televisão. Também esquecimento de eventos importantes, como datas de prova, aniversários, etc;
Alterações de sono/apetite: o jovem pode estar dormindo mais ou menos que o seu habitual. O mesmo para a fome, que pode se alterar para muito ou mais;
Desesperança: quando o jovem manifesta falta de esperança no futuro, através de falas como: “eu sou um fracasso”, “as coisas nunca dão certo para mim”, “a vida é muito difícil”, ou “felicidade não existe”;
Isolamento: o jovem deixa de se socializar e começa a passar grande parte do seu tempo sozinho, no seu quarto, por exemplo;
Desistências/falta de interesse: começam a abandonar atividades e interesses que são importantes. Mudar os interesses é saudável. O problema é quando não há mais interesses, e ele deixa de fazer tudo que antes gostava tanto;
Sintomas físicos: os transtornos mentais também se manifestam no corpo, através de dores de cabeça persistentes, dores corporais, bruxismo, constipação crônica, dentre outros;
Automutilação: esta atitude traz sentimento de alívio da dor. É mais comum que eles se cortem ou se queimem em locais mais discretos e difíceis de ver, como a parte interna das coxas ou a barriga. Fique de olho nas feridas;
Ideação suicida: o jovem manifesta diretamente que não quer ou não aguenta mais viver. Também pode falar indiretamente que “quer dormir por anos, sumir e começar tudo de novo, que não acharia ruim morrer agora, que a vida não tem sentido”, etc.